Frei Anastácio debate retrocesso na reforma agrária, com agricultores no Sertão

O deputado estadual Frei Anastácio está cumprindo agenda em diversos municípios do Sertão da Paraíba, desde quarta-feira, concedendo entrevistas em emissoras de rádio, realizando reuniões com lideranças políticas, movimentos sociais, ONGs, sindicatos, associações e trabalhadores rurais. “Uma das principais discussões é o desmanche que o governo golpista está fazendo com a reforma agrária”, disse o deputado.

Frei Anastácio alertou que essas medidas do governo de entregar títulos da terra, sem mesmo os assentados estarem querendo, aumentarão os desmandos na reforma agrária. “Um dos pontos negativos, é que na hora que o assentado recebe o título fica sem os benefícios de investimentos oferecidos pelo governo federal. E pelas normas das Medidas Provisórias em curso, depois de um ano na terra, a família já poderá receber o título de dona da terra. Dessa forma, sem estrutura para plantar, produzir e criar animais qual será o futuro desse assentado. Além dessas medidas, existem muitas outras que só beneficiam os latifundiários e grileiros”, alerta o deputado.

 Golpe na comunidade Macacos

Uma das reuniões realizadas pelo parlamentar foi com os posseiros na comunidade Macacos, em Sousa, fazendo uma reflexão sobre ação destrutiva do Governo Federal que suspendeu o Decreto de Desapropriação das Fazendas Macacos, Boi Preto, Pereiros, Pimenta e Logradouro. “Essa área foi vistoriada e desapropriada, os direitos dos trabalhadores foram reconhecidos pelo INCRA/PB. Não aceitamos esse retrocesso, diante da viabilidade de produção e criação geradas pelos próprios posseiros. No local, o clima é de muita revolta e tristeza, por parte das 40 famílias atingidas diretamente por essa medida golpista”, citou o deputado.

O parlamentar explicou que aquelas terras representam uma conquista de muita luta dos posseiros que nascerem e se criaram no local. Ele lembra que o Decreto de desapropriação foi assinado pela presidente Dilma, no dia 01 de Abril de 2016 e beneficiou 40 famílias, que já tiraram seu sustento em 1.191 hectares de terras. “Agora, vem esse governo ilegítimo dando mais um golpe nos trabalhadores”, afirmou.

O parlamentar relata que a assinatura do decreto pela presidente da República, Dilma Rousseff, foi realizada em cerimônia legítima no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na manhã de 1º de abril, com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, da então presidente do INCRA, Maria Lúcia de Oliveira Falcón, de representantes de movimentos sociais e sindicais ligados ao campo e integrantes de comunidades quilombolas. “Os trabalhadores não irão ficar de braços cruzados diante dessa afronta”, anunciou.

 Analisando a conjuntura

Entre os locais visitados, Frei Anastácio também realizou reuniões com posseiros da comunidade Mutirão, em Riacho dos Cavalos, Assentamento Frei Dimas, em Catolé do Rocha, junto com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), esteve também com o grupo de Mulheres da Associação do Projeto de Assentamento Acauã, em Aparecida e Sousa, além de reuniões em São Mamede, Bom Jesus e Santa Luzia.


“Foram reuniões muito proveitosas, nas quais realizamos reflexões sobre a atual conjuntura do país e sobre as eleições de 2018. O povo saberá em quem votar. Agradecemos a participação da CPT e do companheiro Neguinho, presidente do PT de Sousa, que nos deram um bom suporte em toda essa agenda”, disse Frei Anastácio.

Assessoria

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